O som seu, o som meu e o som que não é nosso!
Se tem uma coisa que incomoda a gente, é você estar lá, tranquilo, transitando
pela via pública, focado nos seus boletos a vencer, ou no rosto da amada, e aí
aparece do nada, um veículo automotor com o som no mais alto volume,
incomodando a quem passa, quem está parado e quem nem está tão perto assim.
E como diz, um amigo, “sempre que isso acontece, tem um besta
ao volante, ouvindo uma b... de uma música ruim, gritada por um(a) boçal que se acha
artista!”
Eu não vou tão longe assim na afirmativa por alguns motivos
e o principal deles é para não atrair debate infrutífero com quem não mereça,
pois prefiro gastar o tempo e a verve com algo mais útil.
Aí me veio ao pensamento, ao abordar tal assunto, o porquê de não se ouvir uma canção do Chico Buarque de Holanda, no mesmo volume de som em que se ouve sofrência? E falando nesta praga que abunda por aí, no exato momento em que redigia estas linhas, passou em frente à minha casa um idiotazinho, em um veículo, ouvindo um bate-estaca no mais alto som. Deu uma vontade de xingar a genitora dele, mas deixa pra lá. Vai que ela tem bom gosto musical...
Outro dia, em um supermercado aqui perto, fui com a Minha
Marli, adquirir alguns produtos e fiquei incomodado com a altura em que uma danada
de uma cantora gritava o que ela chama de versos de uma “sofrência”, no equipamento de som (que não era) ambiente do estabelecimento. Gritou
durante uma, duas, três canções (eles chamam isso de canção) em que as histórias falavam de uma mulher que trai o companheiro, na outra, que vai encher a cara até
cair, e na terceira, narra uma surra que a mulher levou do companheiro...
Eu, cá com meus botões e argumentando com o tico e o teco,
meus neurônios favoritos, fiquei a cismar: com uma melodia tão horrível, só
poderia gerar versos tão desencontrados e história tão banal e intragável como
esta, mesmo, para ser gritada pela dona que acha que canta... E ainda apelidam este negócio de “universitário”. Deve ser mesmo é
“universo-otário”, pensei eu.
Mas deixa pra lá, que tem coisa pior por aí rsrsrsrsrsrsrs.
Vai uma sofrência, aí?
Comentários
Postar um comentário