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Mostrando postagens de julho, 2023

Somente a verdade... nada mais!

Como tarefa de escola – já que depois de muitos anos voltei para as salas de aula – foi-me passado trabalho de pesquisa sobre a ocorrência de namoros via Internet. Pois bem, fui a campo e encontrei casos engraçadíssimos, dignos de ocupar essas linhas. Porém, antigo em anos que sou, vou marrar-lhes aqui, caso de namoro ocorrido via telefone, lá por volta de 1985, pouco mais, pouco menos. Falando em namoro, dia 12 de junho foi dia de comemorar friozinho na barriga, palpitação, aceleração cardíaca e uma série de outros sintomas que, fora desse período, leva os marmanjos e gatinhas direto ao médico para “saber qual problema eu tenho”. Cá, com nosso conhecimento de medicina e amor, que nos leva a dar aulas quando solicitados, explicamos então que aquilo que as pessoas pensam ser taquicardia, mal súbito do coração e dor de barriga, nada mais são que expressão física de paixão. E temos dito, antes que o Conselho Regional de Medicina nos acione por clinicar sem necessário registro. Fica,...

Uma viagem de lotação

O “esporte” mais radical do planeta! Brincando com a situação dos ônibus, sempre lotados, no início da década de 1990: Sempre vejo na tevê, reportagens sobre os esportes radicais. Uns escalam montanhas, outros pulam delas. Alguns outros surfam no espaço. Tem também aqueles atletas que fazem questão de subir e pular das montanhas, surfar no espaço e, ainda, experimentar o friozinho na espinha, quando praticam o “ bung jump ” e coisas do gênero.  Eu, grande atleta dos levantamentos de copo de fim de semana, tenho nas viagens de lotação, o esporte mais radical como prática. E quem acha que andar de lotação não é esporte radical é porque nunca experimentou a viagem. Uma “ boa ” viagem de lotação, logo após o almoço, por estradas esburacadas, cheias de curvas ou calçamento, é “esporte” dos mais radicais. No calçamento, temos a impressão de que estamos sendo repartidos em centenas de pedacinhos. Até a voz da gente se quebra. E-u-j-á-v-i-v-i-g-e-n-t-e--t-e-q-u-e-q-u-e-b-r-a-r-a-a-a-...

Cisco no olho

( Conto de Natal que conquistou a 2ª colocação no Concurso de Contos e Poesias da Prefeitura de Itaúna - 1987 ) * Capricórnio (Pseudônimo usado por mim neste concurso) E lá estava eu, sentado à mesa do boteco da esquina, escutando o discurso do Bitola que, após ingerir quantidade sem conta de líquidos etílicos, cismava em despertar o espírito natalino em todos à sua volta. Bitola é um cara esquisito, mas agradável, com aquele jeitão de artista de filme de terror, barba rala espalhada em fios amarelados pelo rosto e voz de tenor fracassado. Porém, amizade e inteligência não lhe faltam, principalmente quando tem oportunidade de beber algumas por nossa conta. Gesticulando bastante, ele me lembrava do “Papai-Noel, personagem querido da nossa infância: - Você se lembra do sapato na janela, a esperança de ver o velhinho barbudo passando de trenó e nos deixando os presentes? Vi um menino sujo, pés descalços, chegar a um grupo de pessoas na mesa ao lado e, dali caminhar para o grup...