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Mostrando postagens de maio, 2024

Palavras,

 Texto com o qual encerrei o trote-do-bem, feito aos alunos da segunda turma do curso de Comunicação Social - Jornalismo, da Fadom (à época, depois Pitágoras e hoje, Anhanguera), de Divinópolis, se não me engano, em 2002. Palavras, Que nos levam pelo tempo A falar... Fazer da vida uma profissão. Palavras que serão nossa ferramenta a partir de agora. E é com elas, com as palavras, Que recebemos vocês (calouros) Com simples e belas palavras: Sejam bem-vindos!

Todo dia, era dia de índio... Mas, agora ele nem tem (mais) o dia 19 de abril!

Texto publicado na edição de maio, a segunda, do 'Caderno Literário', uma publicação que abraçamos, junto a mais dois acadêmicos da AILE - Academia de Letras de Itaúna, entidade à qual tenho o orgulho de pertencer (os dois são o escritor Magella e o poeta e professor Phonteboa). Vamos a ele:  Assim deveria ser atualizada a letra da música da Baby do Brasil, que já foi a Baby Consuelo. E como se atualiza o nome da autora/cantora, possivelmente deveríamos ‘atualizar’ a informação sobre a situação dos ‘povos originários’, os indígenas, na letra da música que ouvíamos no passado. Assim, vamos fazendo as mudanças, sem nada mudar no que realmente importa, que é a situação das pessoas. Mudam os nomes, as denominações e a real situação dos indivíduos permanece na mesma, quando não piora, o que é mais comum. A “Consuelo” agora é “do Brasil”, o “índio” é agora “povo originário”, o “invasor” se tornou “colonizador”, o “explorador” passou a ser “empresário investidor”, e a situação real,...

Aquele tornozelo... não deixe o ônibus partir!

Na hora em que ele foi subir os degraus do ônibus, viu um pé feminino, calçando um sapato, baixo, tipo sapatilha. Olhou mais adiante e viu o outro pé, acabando de subir o degrau.  Admirou o tornozelo dela, moreno, esguio, apresentando o que imaginava ser uma perna linda. Olhou um pouco mais e chegou ao joelho da moça. Redondo, com alguns pelos minúsculos, reluzindo à luz do sol que iluminava aquela manhã. Tentou ver um pouco mais, mas o ônibus já estava lotado e apenas conseguiu enxergar uma ponta do cabelo castanho daquela mulher.  Tudo nela parecia lindo. A cor amarela do vestido, o tornozelo como ele nunca tinha admirado antes. Os pés, pequenos, calçando a sapatilha marrom escuro, com uma fivela cor de prata.  E ele ficou ali, uns segundos, imaginando como seria a morena, sim ela era morena, pela cor do tornozelo que ele admirava... De repente, uma pessoa veio atrás e o empurrou de lado: “fica esperto, cara, o ônibus já está saindo”. E passou à sua frente, entrando...