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Mostrando postagens de setembro, 2023

Um dia na vida de Joca, a formiga

  Joca fez um esforço a mais com suas mandíbulas fortes. Cortou a folha que jogou às costas e começou a caminhada ao formigueiro. Caminhava em fila com centenas de outras formigas. Seu pensamento era um só: chegar ao formigueiro e voltar para buscar outra folha. Assim foi tocando sua vida! O texto acima faz parte de um desafio que me foi feito, de contar uma história completa, em apenas três linhas. Desafio aliás que é feito a nós, jornalistas, no dia a dia da profissão, quando somos instados a contar as histórias, atraindo a atenção do leitor e repassando todas as informações possíveis, em um resumido texto. Acho que consegui... ou não... rsrsrsrs

Fixação em carros velhos (2): "A Belina repintada com tinta Suvinil"

Em resposta aos curiosos sobre o fim que levou o Corcel do meu pai, informo que um belo dia, sem auxiliar de direção, iluminação e buzina, depois de tomar umas e outras mais, meu pai adentrou um córrego, onde foi dar de beber aos 'cavalos do motor', sedentos, coitados... De lá, só saiu para o desmanche. Continuando com o assunto dos carros velhos e a mania que algumas pessoas têm em possuí-los, veio-me à lembrança um caso que me foi contado sobre uma ida de alguns amigos a Angicos – um pacato lugarejo no município de Carmo do Cajuru, muito frequentado pelos itaunenses –, quando de uma festa naquela localidade.  Consta que um rapaz, que não vamos dizer o nome para não complicá-lo, resolveu levar a turma de amigos – três, ao todo – até aquela localidade, de carro. E que o “carro”, era uma Belina com data de fabricação “por volta de setenta e poucos”. Saíram de Itaúna, na tal Belina, já com o propósito de deixá-la escondida em um sítio nas redondezas, para que as meninas dos A...

Fixação em carros velhos (1): O Corcel velho, do meu velho pai!

  Crônica escrita para registrar uma viagem que fizemos, em família, saindo de minha moradia no Bairro Goiânia, em Belo Horizonte, até a casa de meus pais, em Santa Luzia. Coisa de uns 30, 40 km, de muita diversão e apreensões.     Gosto e CPF, todo mundo tem o seu e busca individualizá-lo ao máximo, a não ser que esteja praticando tipo de esporte não-recomendado a senhores de respeito e boa fama.  Porém, em se tratando de gostos, já pudemos tomar conhecimento de alguns que nos deixam boquiabertos, abestalhados, embasbacados, estarrecidos e etc. Tem gente que gosta de comer salada de boldo, outros adoram carne de cachorro (se duvidam, procurem saber dos costumes de alguns dos nossos irmãozinhos do outro lado do planeta...). Outros, até, gostam de levar umas chicotadas na hora do rala-e-rola. Mas o “gosto” mais difundido por esse Brasil afora é, sem dúvida, por carros velhos. Chego até a pensar que o problema não é só falta de dinheiro para sair guiando um Vect...

O 'Oficial de Polícia' e suas peripécias...

Texto publicado na FOLHA, no início dos anos 2000. A história aconteceu mais ou menos como narrado, porém o 'filho presente' era o meu irmão mais velho, que me narrou o acontecido.   Quem já não quis se fazer passar por um grande jogador de futebol, um ator famoso, um político importante ou mesmo um milionário? Conheço algumas pessoas que sonham mais baixo. Elas gostariam mesmo é de serem confundidas com oficiais da polícia ou mesmo com delegados. Tem até quem faça qualquer sacrifício para se vestir com farda militar.  Tem algumas pessoas que vão mais além: compram aquelas ‘carteiras de identificação’, nas mãos dos camelôs. Aquelas que vêm com um brasão ou insígnia, apresentando o portador como ‘policial’, ‘vereador’, ‘imprensa’, ‘detetive’ e outras ‘profissões’ que, a princípio, parecem pomposas aos ouvidos alheios. E quem pensa que estou exagerando, é só perguntar a um daqueles camelôs de Belo Horizonte, quantas carteiras dessas eles vendem ao dia. Vão se espantar em saber...