Aquele tornozelo... não deixe o ônibus partir!
Na hora em que ele foi subir os degraus do ônibus, viu um pé feminino, calçando um sapato, baixo, tipo sapatilha. Olhou mais adiante e viu o outro pé, acabando de subir o degrau. Admirou o tornozelo dela, moreno, esguio, apresentando o que imaginava ser uma perna linda. Olhou um pouco mais e chegou ao joelho da moça. Redondo, com alguns pelos minúsculos, reluzindo à luz do sol que iluminava aquela manhã. Tentou ver um pouco mais, mas o ônibus já estava lotado e apenas conseguiu enxergar uma ponta do cabelo castanho daquela mulher. Tudo nela parecia lindo. A cor amarela do vestido, o tornozelo como ele nunca tinha admirado antes. Os pés, pequenos, calçando a sapatilha marrom escuro, com uma fivela cor de prata. E ele ficou ali, uns segundos, imaginando como seria a morena, sim ela era morena, pela cor do tornozelo que ele admirava... De repente, uma pessoa veio atrás e o empurrou de lado: “fica esperto, cara, o ônibus já está saindo”. E passou à sua frente, entrando no veículo. E